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O PAPEL DOS NEUROTRANSMISSORES

Posted by Fabio Platero on Tuesday, January 13, 2009
Segue abaixo um trecho retirado do livro: “Nutrição Cerebral“, capítulo 7 (O Papel dos Neurotransmissores) :
NUTRICAO CEREBRAL
“(…) Alguns receptores do cérebro possuem não apenas um, mas dois ou mais tipos diferentes de receptores. A serotonina, por exemplo, que é o neurotransmissor mais vinculado ao humor, tem, entre muitos, receptores do tipo 1 e do tipo 2. Quando se encaixa em seus receptores do tipo 1, por exemplo, a serotonina estimula o circuito do prazer. Mas quando se encaixa em seus receptores do tipo 2, ela estimula a dor. (…)
A noradrenalina, fundamental para o raciocínio, é importante porque faz com que não nos preocupemos com eventos de baixa probabilidade, quando em dose ótima. Mas em excesso, a noradrenalina sofre no cérebro o processo de metilação, transformando-se em adrenalina, que vai para o sangue e produz o medo, como já vimos. Isso provoca a ansiedade por antecipação, que é um componente da depressão. (…)
O ácido gama-aminobutírico (GABA) é outro neurotransmissor da maior importância porque freia a excitação do cérebro e controla o pensamento, para que não haja disparos excessivos entre os dois hemisférios que possam causar interferências nos circuitos de uma tarefa por outra.
O GABA também freia as respostas emocionais da amígdala, para que possamos usar a raiva, o amor e o medo no momento certo, na dose certa, com a pessoa certa, pelo motivo certo. (…)
A serotonina é o neurotransmissor mais vinculado à alegria e ao bem-estar porque sem ela não há como ativar a imaginação para encontrarmos saídas para os nossos problemas. E então ficamos com idéias estreitas sobre as situações, sobre a vida. (…)
Outra fantástica característica da serotonina é a de estimular diretamente a síntese da melatonina, um hormônio secretado pela glêndula pineal que é simplesmente o maior antioxidante que o organismo produz. Enquanto dormimos, melatonina promove uma verdadeira faxina de radicais livres em nosso cérebro, o que garante sua saúde e longevidade.
Os neurotransmissores são, portanto, substâncias essenciais. A correta quantidade e qualidade deles no cérebro nos garante a percepção, a imaginação e o raciocínio, para que possamos dar respostas sempre adequadas e proporcionais ao contexto, afastando-nos de tudo que possa degenerar nosso processo evolutivo.”
Retirado do livro: “Nutrição Cerebral”, 2005 - Editora Objetiva, de Helion Póvoa [Comprar]

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