REFRIGERANTES E DIABETES

Um refrigerante diário pode aumentar o risco de desenvolver diabetes tipo II em 22%. O mesmo raciocínio se aplica ao consumo de sumos, néctares, etc., nomeadamente os que tenham adição de açúcar. Isto tem a ver com a metabolização da frutose, a qual é convertida a triglicéridos que “entopem” a célula e favorecem o aparecimento da diabetes.

Por outro lado aumentam a produção de ácido úrico e conduzem a hipertensão arterial. Sempre que pensar em consumir uma destas bebidas lembre-se que fazem mal à saúde. Pior, se o der a uma criança pode estar a cometer um “crime”!
 

VALORES “NORMAIS” DAS ANÁLISES

É frequente ser questionado acerca dos valores das análises que os meus pacientes efectuam. Mas Dr. Está acima do normal, ou está muito baixo …!
Convém esclarecer duas coisas:
  • Os exames são complementares do diagnóstico, isto é, apontam para uma suspeita do médico.
  • Os valores de referência dos laboratórios de análises são obtidos através de médias e desvios padrão de resultados dos seus clientes. Pensemos no doseamento da testosterona por exemplo. Quem o faz, na sua maioria são pessoas doentes com alterações mais ou menos profundas na sua produção. Raramente são feitas estas análises por pessoas saudáveis. Assim, o laboratório fica com uma base de dados de doentes. A sua referência vai apontar para médias de pessoas doentes! Ora, não nos podemos basear neste valores para fazer um raciocínio correcto em relação a um paciente. Caso contrário correremos o risco de dizer um disparate do género “está normal para a sua idade” a um homem com problemas da sua sexualidade, barrigudo e sem músculos! Os resultados devem ser interpretados pelo médico, que gostaria de ver os valores dos parâmetros bons nos 2/3 superiores da “normalidade”, e dos maus nos 2/3 inferiores. Ainda as médias: queremos ter Zero de mercúrio nas nossas células, mas nos valores normais o mínimo não é zero pois como se trata de médias tem de ser sempre algo positivo!
publicado por Anti-Envelhecimento às 11:16
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ESTIGMA SOCIAL PARA AS MULHERES COM ATROFIA VAGINAL


Uma vista geral sobre os factores de risco e a tendência global para a atrofia vaginal da menopausa nos sete países mais industrializados, inclui uma observação durante dez anos. As mulheres sentem-se inconfortáveis a discutir esta condição que passa não diagnosticada na maior parte dos casos. Sabemos que mais de 50% das mulheres em menopausa sofrem de atrofia vaginal, mas apenas 25% procuram tratamento médico, sendo que factores culturais e sociais face à sexualidade têm um papel importante nesta atitude! O trato urogenital, incluindo a vagina, a bexiga e os músculos pélvicos, contêm receptores estrogénicos, e a depleção em estrogénios causa deterioração dos tecidos e desconforto nesta área. Os sintomas menopausicos incluem fogachos, suores nocturnos, alterações do humor, e sintomas urogenitais como o desconforto vaginal, dor durante a relação sexual e micção. Embora os sintomas vaso motores se possam atenuar com o tempo, o desconforto pélvico permanece. As mulheres podem negligenciar reportar estes sintomas devido à assunção que eles são consequências inevitáveis do envelhecimento, ou por embaraço face a normas culturais dado que estão muito relacionados com a sexualidade!
Todos estes sintomas podem ser revertidos com terapia de substituição hormonal bioidêntica, pelo que urge passar a palavra de que vale a pena procurar ajuda médica.
 
 

LEITE: MITO OU REALIDADE?

O mito do leite espalhou-se pelo mundo inteiro baseado numa falsidade científica, que faz crer que pelo facto do leite ser rico em proteína e em cálcio – uma chávena contém 300 mg - deva ser tomado para prevenir ou corrigir a osteoporose.
 
Mas muitos estudos científicos têm demonstrado uma espécie de “mau-olhado” em que o facto de se ingerir leite se associa a uma má saúde. E a associação mais surpreendente é o facto de ser difícil absorver o cálcio contido no leite (especialmente quando pasteurizado) levando até à perda de cálcio nos ossos. Mas que ironia!
 
Enquanto a indústria do leite convence o publico em geral sobre a “melhor fonte de cálcio” e “o alimento perfeito”, desenvolve cada vez mais produtos baseados nas maravilhas do “ouro branco”. Claro que a maioria dos nutricionistas e dos médicos afirma que o leite é extremamente saudável e adequado para a osteoporose, quanto mais não seja, por ser politicamente correcto! Uma excepção é Amy Lanou Ph.D. director do departamento de nutrição do comité de medicina responsável de Washington. Ele declara que os países com maior consumo de leite são os que têm maior taxa de osteoporose. Entretanto, as intolerâncias e alergias ao leite aumentaram imenso, nomeadamente à custa da caseína e da lactose. De facto, nós perdemos a capacidade para produzir lactase por volta dos 7 anos de vida.

 Na falta desta enzima responsável pela digestão da lactose (glicose+galactose) do leite, altera-se o ambiente intestinal, podendo abrir portas a alterações estruturais das vilosidades intestinais (a superfície de absorção dos alimentos). Isto conduz a uma possível absorção de proteínas lácteas que geram um processo de rejeição. Quando as nossas células de defesa contactam com estruturas do nosso corpo que tenham sequências parecidas às proteínas do leite, atacam essas estruturas iniciando um processo de doença auto-imune (tiroidite, artrite, etc.). É mais sensato ingerir produtos lácteos fermentados. E covem não esquecer:
  • Os dados não suportam a hipótese de que o elevado consumo de leite ou outras fontes de cálcio pelos adultos os protejam contra as fracturas da anca ou do punho. Fonte: Feskanich D, Willett WC, Stampfer MJ, Colditz GA. Milk, dietary calcium, and bone fractures in women: a 12-year prospective study. American Journal of Public Health. 1997.
  • O consumo de lacticínios, particularmente por volta dos 20 anos, está associado a um aumento do risco de fracturas da anca na idade adulta. (“Case-Control Study of Risk Factors for Hip Fractures in the Elderly”. American Journal of Epidemiology. Vol. 139, No. 5, 199.
Porque nos enganam? Cabe aos leitores pensarem nisso!

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