MICROBIOMA HUMANO
Desde a primeira vez que aprofundei o tema fiquei espantado com a quantidade de informação sobre estes micróbios “amigos” que nos ajudam a digerir os alimentos, no fabrico de vitaminas do complexo B e K, e na luta contra as bactérias agressivas causadoras de doenças. A área da nutrição humana, incluindo o “Projecto Microbioma Humano” aguarda a compreensão sobre como a flora intestinal afecta a nossa saúde. E há muito para saber, pois pessoas com digestões normais tendem a ter diferentes tipos de flora intestinal do que as pessoas que apresentam o síndroma do intestino irritável (frágil), bem como outros distúrbios digestivos. Até a nossa capacidade para aumentar ou perder peso pode ser influenciada pela quantidade de micróbios intestinais. Assim, as bactérias intestinais têm muito a ver com a nutrição pois os alimentos que comemos afectam a flora intestinal, a qual pode ter impacto na nossa saúde. A fibra alimentar, a parte não digerível das plantas, passa indigesta pelo tubo alimentar, e uma vez no cólon torna-se “comida” para os micróbios amigos que aí vivem. Estes, fermentam a fibra (prebiótico) e produzem gorduras que preservam as células do cólon e do fígado, podendo prevenir cancro e doença cardiovascular. Todos temos um microbioma diferente, e os tipos de bactérias são alterados consoante os alimentos que ingerimos. Quem aposta nas verduras, frutos, frutos secos, e oleaginosas apresenta maior diversidade de flora, o que é considerado muito benéfico. Como tal, façamos escolhas inteligentes como iogurtes com bacilos vivos, Kefir, pickles, etc. Devemos evitar grandes quantidades de bebidas alcoólicas, e especialmente o uso irracional e intempestivo de antibióticos. Mais, o stress pode alterar negativamente a flora intestinal, pelo que o consumo de pré e pró bióticos está indicado nas alturas de maior stress. E convém não esquecer que a imunidade está intimamente ligada ao microbioma e à permeabilidade intestinal. O consumo de açúcares como os contidos nos refrigerantes, flocos de milho (cornflakes), e os açúcares adicionados desequilibram imenso na flora intestinal, proporcionando o aparecimento de candidiase. Uma alimentação que tenha 25% das suas “calorias” provenientes de açúcares adicionados (equivalente a três latas de refrigerante) dobra a taxa de morte nas mulheres e afecta a masculinidade e a reprodução masculina.
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