Descoberta de um Biomarcador do envelhecimento

“Steve Horvath, um pesquisador da Universidade da Califórnia, Los Angeles (UCLA), descobriu uma maneira precisa para medir o envelhecimento humano, por meio de mecanismos epigenéticos”
Na maioria das espécies, o envelhecimento é associado ao acúmulo progressivo de várias alterações fisiológicas no organismo. Em células somáticas de diversos organismos, o envelhecimento parece estar associado a alterações na frequência e padrões de metilação do DNA. A metilação é a modificação epigenética (modificação no genoma, que é herdada pelas próximas gerações, mas que não altera a sequência do DNA) mais abundante em genomas de vertebrados, sendo um dos mecanismos envolvidos na supressão da expressão gênica.
 
Steve Horvath, descobriu um algoritmo, com base no estado de metilação de um conjunto de posições genômicas, “os locais CpG” – ricos em citosina e guanina.
 
Ele encontrou sucesso com um modelo estatístico simples, no qual, pode observar a quantidade de células com o DNA metilado, em apenas dois locais CpG particulares, em uma gota de saliva. Um índice paralelo a idade dos participantes foi obtido, com uma correlação de 0,85, ou 85% e uma precisão média na determinação da idade dos indivíduos em estudo, que variou apenas, cerca de cinco anos.
 
Umas das possibilidades é a utilização na medicina forense, fornecendo informações, como: a idade de uma vítima ou de um agressor, por meio da análise de todos os resíduos biológicos deixados para trás.
 
Segundo Horvath e Ideker (um colaborador), acreditam que o uso mais interessante do Biomarcador, “o relógio epigenético” será detectar a aceleração da idade, por meio de análises das discrepâncias entre a idade determinada pela epigenética e a idade cronológica do indivíduo, seja na totalidade ou em uma parte específica do seu corpo.
 
Outros trabalhos também mostram a relação entre a idade epigenética e a cronológica, como por exemplo, a descoberta de que a idade epigenética de cânceres de mama, rim, pulmão e pele eram 40% em média mais velhos, do que a idade dos pacientes de onde foram removidos.
“A grande questão, segundo Horvath, é saber, se o relógio epigenético mede um processo bioquímico que serve a um propósito”
 
Hovath diz que, terá mais trabalho para descobrir se a era epigenética prediz o aparecimento da doença (…), “mas que o relógio epigenético nos dá um novo começo e uma nova esperança de algo que vai ter influência no envelhecimento”.

Referência:
http://www.nature.com/news/biomarkers-and-ageing-the-clock-watcher-1.15014

Comentários